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Insônia na terceira idade: quando é um problema?
Insônia na terceira idade: quando é um problema?
25/10/2018

Insônia na terceira idade: quando é um problema?

Transtornos do sono, como mudanças no hábito de dormir, são comuns na terceira
idade, mas nem sempre são sinônimos de insônia. Entenda!

Problemas relacionados ao sono costumam atrapalhar o bem-estar de idosos – mas nem sempre são considerados insônia. As causas variam entre aspectos emocionais e alterações hormonais, como destaca Carolina Carmona, fisioterapeuta e especialista em medicina do sono: “os distúrbios do sono na terceira idade fazem parte de um processo biológico. Nessa fase, a capacidade de dormir de forma contínua é menor. O sono é frequentemente interrompido por despertares noturnos, além de ser menos concentrado durante a noite e mais disperso durante o dia”.
Mesmo assim, o assunto merece atenção, uma vez que outros fatores podem ser agravantes desse quadro, como inatividade física, doenças psiquiátricas e insatisfação com a situação atual de vida. “Além disso, há remédios cujos efeitos colaterais 
também pioram a qualidade do sono, tornando esses distúrbios mais comuns nos idosos”, destaca o geriatra Thiago Monaco.

Dormir menos é normal?

A necessidade diária de sono tende a diminuir ao longo da vida. Um exemplo disso é a comparação entre bebês – que dormem cerca de 16 a 20 horas por dia – e jovens e adultos – entre 7 a 8 horas, enquanto idosos dormem, em média, 6 horas.
“Isso acontece porque a melatonina, o hormônio responsável pela regularização do sono, tem o seu pico máximo de produção no ser humano aos três anos de idade e, com o envelhecimento, a sua produção vai diminuindo. Uma pessoa de 60 anos possui 
a metade de melatonina de um indivíduo com 20. Já aos 70 anos, os níveis são bem mais baixos, chegando, inclusive, a serem nulos em alguns casos”, explica Carolina.
Porém isso não é caracterizado como um problema se não incomoda a vida do indivíduo. Por exemplo, além da redução de horas na cama, existe o chamado avanço de fase do sono, ou seja, o adiantamento do relógio biológico. Isso explica a tendência dos 
idosos em dormirem no início da noite e acordarem muito cedo, sendo confundido com insônia. Essas mudanças podem trazer insatisfação pessoal e levar a outros problemas como ansiedade e depressão, além do uso indevido de medicamentos, que apenas complicam o sono.

No consultório

“Via de regra, mais do que as horas totais de sono, nós temos que valorizar a queixa do paciente”, destaca Thiago. Ao levantar muito cedo, mesmo não sendo caracterizado um distúrbio, muitos idosos tendem a ficar incomodados com a situação.
Por isso, além de avaliar o padrão de sono do idoso – se há insônia inicial, terminal e apneia – é preciso destacar outros fatores: ronco (do paciente ou cônjuge), o levantar noturno muitas vezes para urinar, parceiro insone, sonolência diurna, entre outros.
“A primeira preocupação do médico ao avaliar o paciente é contextualizar o padrão de sono, identificar ou descartar doenças orgânicas que possam comprometer o descanso e identificar e modificar hábitos, a chamada higiene do sono. Finalmente, medicamentos podem ser 
necessários, mas nunca são uma solução definitiva”, pontua Monaco.