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Síndrome de Cushing
Síndrome de Cushing
16/02/2019

O que é Síndrome de Cushing?

A Síndrome de Cushing é uma doença provocada pela alta concentração no corpo de hormônio cortisol, conhecido também como o hormônio do estresse. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), aproximadamente 50 mil pessoas vivem com essa doença atualmente.

O cortisol é produzido pela glândula suprarrenal em situações limite e de estresse. Ele é constantemente relacionado ao armazenamento de gordura e à perda de massa muscular. Por isso, ele é visto como um hormônio “do mal”. No entanto, como acontece com todos os hormônios, o cortisol tem uma função importantíssima para o organismo, sendo que sua ausência ou acúmulo podem causar complicações graves à saúde.

A verdade é que o cortisol promove tanto o armazenamento quanto a liberação de gordura, pois aumenta a atividade das enzimas responsáveis por cada uma dessas funções. A alta concentração de cortisol no corpo, por exemplo, leva à queima de gorduras. No entanto, quando essa elevação perdura por longos períodos de tempo, ela pode provocar alguns problemas típicos da Síndrome de Cushing.



Sinônimo

Hipercortisolismo



Causas

O sistema endócrino é composto por diversas glândulas, que são responsáveis pela produção de hormônios. O cortisol é produzido pelas glândulas suprarrenais. Quando a concentração de cortisol no corpo está muito acima do normal, podem surgir os sintomas da síndrome de Cushing.

Há dois principais motivos pelos quais os níveis de cortisol podem ficar anormalmente altos:

-Excesso de medicamentos corticoides, usados para tratar doenças como artrite e artrite reumatoide
-Produção excessiva do hormônio pelo próprio organismo, que pode ocorrer por conta de um tumor nas glândulas, entre outras causas.



Obesidade x Síndrome de Cushing

A partir de semelhanças clínicas, metabólicas e cardiovasculares entre hipercortisolismo (Síndrome de Cushing) e a obesidade com predomínio abdominal, sugeriu-se um papel importante dos glicocorticoides nesse fenótipo de obesidade. Algumas anormalidades do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (HHA) e do metabolismo periférico do cortisol têm sido descritas em indivíduos obesos ou em portadores de síndrome metabólica.O excesso de tecido adiposo, particularmente visceral, está associado à resistência insulínica, hiperglicemia, dislipidemia, hipertensão e estados pró-trombóticos e pró-inflamatórios, ou seja, à síndrome metabólica, que se assemelha em muito às manifestações da síndrome de Cushing (SC).

A obesidade é considerada um estado de pseudo-Cushing, pela presença de fenótipo clínico similar ao da SC verdadeira, associado a certas evidências.

Vários estudos demonstraram prevalências entre 1 a 5% de síndrome de Cushing em indivíduos com diabetes mellitus descontrolado e/ou hipertensão arterial sistêmica. No entanto, existem poucos estudos sobre a prevalência da SC ou testes de rastreamento em indivíduos com sobrepeso e obesos.

O diagnóstico precoce da SC é importante, pois a taxa de mortalidade padronizada sofre aumento de 3,8 a 5 vezes na presença de hipercortisolismo persistente moderado. Os marcadores de risco cardiovascular permanecem elevados por até 5 anos após o tratamento cirúrgico da SC, e a qualidade de vida ajustada pode permanecer abaixo do padrão por até 15 anos.